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domingo, 4 de novembro de 2012

LIGUEM SEUS MOTORES PARA O TROFÉU JOSÉ CARLOS PACE




Os motores voltam a roncar neste próximo dia 27 de outubro, para as penúltimas etapas dos campeonatos da Likarp 2012, nas categorias Kurt Kart Light e Geotrilhas/RN Cup.

Nesta reta final de campeonatos, podemos prever algumas situações que provalvelmente iremos encontrar na disputa do Troféu José Carlos Pace.

A primeira é a confirmação do título da Light em favor do piloto #08, Walter Dantas, que se consagrará campeão da categoria sem nem mesmo correr a penúltima etapa. O fato de tal proeza se dará em virtude da não participação da piloto #13, Wagna Dantas, que ainda tinha chances matemáticas, mesmo que retomas, de conquistar o título. Ambos os pilotos não correrão a prova em virtude de compromisso profissionais assumidos anteriormente. Com a definição do títula da Light, resta apenas a disputa da Taça Graziela Fernandes, que é disputada pelas duas mulheres da Light, Wagna Dantas e Cláudia Dantas, que disputarão na última etapa, o título de “Mulher mais veloz” da Likarp em 2012. Aos demais pilotos, resta correr por uma melhor colocação no campeonato, e o título de equipes, que deve ficar entre a Quintal da Vila Team (ausente nesta etapa) e a Lhammas Racing, que vem mostrando uma grande evolução, assim como a AG Autopeças. Quanto a corrida, o favoritismo fica por conta do piloto #22 Jefferson Nobre, que deverá fazer um disputa a parte com o piloto Sérgio Marcelo. Representando a disputa direta de aproximação das equipes Lhammas Racing e AG Autopeças em relação a Quintal da Vila Team.

Já na categoria principal (Geotrilhas/RN Cup), haverá mais um duelo pela sobrevivência no campeonato do piloto Rodrigo Bezerra, da equipe AG Autopeças, em relação ao piloto #77 Claiton Vicente, da BMK. Vicente pode se tornar campeão nesta etapa bastando vencer a prova e que Rodrigo Bezerra chegue em segundo. Ou ainda um segundo lugar e que Rodrigo chegue abaixo de terceiro. Será uma situação bastante interessante de ser observada na prova, para saber quem vai tomar a iniciativa, de ser campeão ou sobreviver por mais uma etapa. Por isso, que os dois são franco favoritos para a prova. Na intermediária, devendo chegar bem mais atrás desta disputa de “cachorro grande”, vem a disputa pelo terceiro posto do campeonato, entre os pilotos Alan Wesley e Lázaro Freire, que com certeza, estarão se despedindo em definitivo da luta pelo título de 2012. Um outro fato a ser observado nesta etapa é a estréia da equipe Retífica Faustino, que vem com os pilotos Josenildo Faustino e José Jackson para o final da temporada, mas já pensando em 2013.

São esses ingredientes que farão o Troféu José Carlos Pace ser bastante disputado nas baterias do kartódromo de Natal neste próximo dia 27 de outubro.

Então, “pilotos liguem seus motores!”   

PIT STOP: AUTÓDROMO JOSÉ CARLOS PACE (INTERLAGOS)



Conheça o Autodromo José Carlos Pace
 
O Autódromo de Interlagos (cujo nome oficial é Autódromo José Carlos Pace) é um autódromo localizado no bairro de Interlagos na cidade de São Paulo, Brasil. Foi inaugurado em 12 de maio de 1940, pelo interventor Dr. Ademar de Barros, e desde 1972 sedia o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

O nome tradicional do circuito vem do fato que ele foi construído em uma região entre dois lagos artificiais, Guarapiranga e Billings, que foram construídos no começo do século XX para suprir a cidade com água e energia elétrica. Em meados dos anos 80 foi renomeado para homenagear o piloto de Fórmula 1 José Carlos Pace, falecido em 1977. 

O circuito é um dos poucos fora dos Estados Unidos a ter sentido anti-horário. Nesse autódromo são realizadas as principais competições de Automobilismo do Brasil. É conhecido internacionalmente por sediar a etapa do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, atualmente sendo o único de toda a América Latina no calendário do campeonato. Também é utilizado, por vezes, para outros tipos de eventos, inclusive o desfile das escolas de samba dos grupos de acesso da cidade de São Paulo.

No fim da década de 1920, o engenheiro britânico Luiz Romero Sanson idealizou uma região de lazer entre as represas Billings e Guarapiranga, sendo que sua filha escolheu o nome Interlagos para o local. Em abril de 1939, com o autódromo ainda em obras, um grupo de pilotos liderado por Manoel de Teffé deu as primeiras voltas na pista. um ano após houve a grande inauguração no dia 12 de maio de 1940, o autódromo abriu suas portas. Neste dia o autódromo recebeu 15 mil pessoas para o Grande Prêmio São Paulo. O vencedor foi o piloto Artur Nascimento Júnior, que percorreu 25 voltas da prova no tempo de 1 hora, 46 minutos e 44 segundos.

Fechado para reformas em 1967, só foi reaberto em 1 de março de 1970, para a realização de uma prova do campeonato internacional de Fórmula Ford. Em 1971, o autódromo passou novamente por reformas para abrigar no ano seguinte, pela primeira vez, um Grande Prêmio de Fórmula 1. Em 1972 houve o primeiro Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 sem contar pontos para o campeonato, sendo vencido pelo argentino Carlos Reutemann, piloto da equipe Brabham. Em 1973 a prova já era válida pelo campeonato mundial de equipes e pilotos. Até 1980 o autódromo recebeu o Grande Prêmio sucessivamente, com exceção de 1978 que foi no Autódromo de Jacarepaguá. De 1981 a 1989 o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 foi realizado no Rio de Janeiro em Jacarepaguá.

Em 1989, a Prefeitura de São Paulo, com o apoio da Confederação Brasileira de Automobilismo, iniciou negociações para trazer de volta a Interlagos o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 que havia sido transferido para Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Iniciou-se, assim, uma grande reforma que mudaria completamente o traçado do velho Interlagos, e em 1990 voltou para São Paulo onde continua até o presente, e sendo realizado sucessivamente.

Fonte: Wikipedia

 

PIT STOP: JOSÉ CARLOS PACE E O MAVERICK


Assim como muito pilotos do mundo da Fórmula-1, José Carlos Pace participou de algumas campanhas publicitárias. Separamos um comercial da Ford, onde Moco divulga o Maverick 1974.

PIT STOP: PACE PARTICIPA DO FILME BOBBY DEERFIELD



Cenas do filme Bobby Deerfield
 
Bobby Deerfield – Um momento, uma vida”, gravado justamente em 1976. Estrelado por ninguém menos que Al Pacino, e seu dublê nas cenas de corrida, um tal de José Carlos Pace. Que, tragicamente, perderia sua vida no ano seguinte, meses antes da estreia da película.

Bobby Deerfiled, a rigor, não deve ser considerado um filme sobre corridas, mas antes uma história de pretensões dramáticas ambientada nelas. De fato, seria mais preciso afirmar que o filme trata da morte, e das várias formas de se relacionar com ela – e talvez apenas por isso tenha sido ambientado em torno dos sangrentos GPs em meados dos anos setenta.

Logo na primeira sequência com corridas, por exemplo, ocorre um acidente fatal. O “sortudo” em questão foi Carlos Reutemann – o pobre argentino provando que a arte imita a vida, quando o assunto é azar. Claro que o nome foi trocado, mas a indumentária estava lá, e tinha como intuito trazer a foice para perto do personagem principal logo de cara. Reutemann, afinal, era companheiro de Pace no início de 76, e a similaridade de equipamento leva o personagem de Al Pacino a querer investigar, por conta própria, as causas do acidente.

Suspeitando que algum animal pudesse ter invadido a pista, Deerfield visita no hospital um piloto que sobreviveu à mesma batida, e lá acaba conhecendo Lilian, a mulher pela qual irá se encantar ao longo da trama.

A um só tempo interessada e incomodada pela relação de proximidade mantida entre pilotos e a finitude da vida, Lilian jamais deixa o tema ser esquecido. Até que, por fim, é revelado que ela própria sofre de uma doença terminal, e tem muito pouco tempo de vida. Ao saber disso, Deerfield fala sobre a forma como a morte de um cão o traumatizou na infância, levando-o a não pensar muito sobre o assunto. E, como se não houvesse referências suficientes, o próprio irmão do piloto chega a perguntar se ele gostaria de ser informado quando sua mãe viesse a falecer.

O final do filme, claro, eu deixo para quem se dispuser a assistir. No entanto, já deu para perceber que, enquanto drama, a obra não traz muita novidade e não pode ser considerada nada além de mediana. Mas, claro, não é por suas virtudes artísticas que o filme está sendo resenhado aqui.

Indo ao que nos interessa, as cenas de corrida não devem somar mais do que seis ou sete minutos, em dois momentos principais ao longo da trama. As que foram produzidas não passam lá muita credibilidade, especialmente quando envolvem batidas. Já as demais são bastante preciosas, tanto pelo que mostram de corridas reais, como pelos bastidores das mesmas. Emerson, Mario, Peterson, Pryce, Depailler, Hunt… Todos estão lá, paramentados ou não. E, claro, acima de todos está José Carlos Pace.


Mas… Por que Moco?

Bom, o destaque absoluto para a Brabham, claro, se deve ao faro de Bernie Ecclestone, que rapidamente tratou de fechar um acordo paralelo com os produtores para ter mais visibilidade na obra. Ainda assim, permanece um mistério o motivo que levou a produção a utilizar capacete e macacão pertencentes a Pace, enquanto Reutemann era condenado a queimar vivo logo nos primeiros momentos da história.

Quem certamente comemorou muito a opção foi a Brahma, patrocinadora pessoal do brasileiro, que acabou tendo sua marca mostrada diversas vezes. Se a empresa chegou a pagar alguma quantia que tenha justificado a opção por Moco é algo que nunca cheguei a saber, mas é bem possível. Afinal, a Seiko conseguiu inserir nada menos que um comercial de seus relógios em meio ao filme, protagonizado justamente pelo grande astro das pistas, Bobby Deerfield.

Por dinheiro ou por acaso, o fato é que o filme oferece raras imagens onboard da pilotagem de Pace, ainda que obviamente gravadas em baixas velocidades. Além disso, é possível ver ao menos um pôster da grande vitória do brasileiro em Interlagos, além de diversas tomadas de sua tocada inspirada ao longo de alguns GPs daquela temporada.

O filme explica também por que Moco teve uma bandeira estadunidense pintada na asa de seu Brabham no GP da África do Sul de 1976, no lugar da tradicional flâmula verde e amarela. Tudo, claro, em nome do espetáculo.

Em termos de continuidade, o filme chega a ser grotesco. Reutemann, por exemplo, aparece em diversas cenas de corridas, mesmo após ter sua morte decretada logo no início do filme. Noutra vez, uma largada é simulada com uma falsa 1ª fila dominada pela Brabham, antes que a edição corte para a largada do GP da Espanha com Lauda e Hunt na ponta…

Mas, a despeito de tantos problemas, Bobby Deerfield acaba sendo um filme obrigatório para quem curte corridas no Brasil. Graças a ele o nome de José Carlos Pace tem registro no site mais importante de cinema em toda a net, o Imdb, e também graças a ele ainda existe algum registro audiovisual da condução do brasileiro, a partir do interior do próprio carro. E como se nada disso bastasse, ora bolas, estamos aqui falando de uma obra de Hollywood na qual ninguém menos que Al Pacino se travestiu de piloto, e o fez com a imagem do saudoso Moco. Somente isso, a meu ver, já torna qualquer filme digno de ser visto.



PIT STOP: MOCO VENCE O GP BRASIL DE 1975

Pace no podium do GP Brasil de 1975
Festa em Interlagos, afinal o Emerson tinha sido bi-campeão com a McLaren no ano anterior, as perspectivas eram boas e principalmente com o Pace sua Brabham andando muito. Cuidado “apenas” com as UOP Shadows de Jarrier e Tom Price, afinal as duas corridas anteriores foram dominadas pelo “rato”.
Abertura da TV do GP Brasil 1975 

Em 26 de Janeiro, pleno calor de alto verão, uns 30 e poucos graus... O único banho era das mangueiras dos carros de bombeiro. As acomodações eram as mesmas de colunas passadas, barracas, “iskol” e de vez em quando um sanduba de queijo.

Banheiro? As latas de “iskol”, afinal não é só bom bril que tem mil e uma utilidades, a latinha pelo menos tinha duas utilidades e por coincidência os dois conteúdos tinham cor amarela!

Naquele tempo não se media a temperatura da pista, a largada era aproximadamente as 14:00, no warm up da manhã já se sentia que Jarrier e sua Shadow era a fera a ser batida, melhor tempo e a sensação de estar muito a vontade na pista, era junto a Pace e Lauda os únicos que faziam as curvas 1 e 2 “flap” ou seja não tiravam o pé e entravam no retão à toda aceleração.
  Voltas finais do GP Brasil de 1975
Junto ao retão, bem no meio da reta, hoje estaria na linha do murro do Berger. Depois dos treinos a ordem era Jarrier; Emerson; Reutmann; Lauda; Regazzoni e Pace em sexto. O Copersucar com Wilsinho largaria em 22º. 

Na largada bobeira de Jarrier e Emerson e Reutmann aparecia liderando a corrida, isto durou umas quatro voltas, após isto só deu Jarrier, afinal quando da ultrapassagem do Jarrier pelo argentino festa no retão! Afinal qualquer desvantagem dos hermanos é muito bem vinda. Outras festas a do Pace e depois do Emerson podando o Brabham nº 7. 

Tudo indicava que o pódio seria Jarrier, que a cada volta abria mais da Brabham nº 8 e do McLaren nº 1. Então na volta 30 ou 31, a UOP passa com um motor meio que falhando, mas mesmo assim quase 30 segundos a frente do Pace. Mas na volta seguinte, em frente ao retão um carro escuro encosta à direita da pista, festa igual só igual ao das vitórias de Senna ou de Massa ou parecia gol de final de copa. 

Nas voltas finais, Pace, Emerson e Lauda fariam o pódio. Festa em Interlagos, afinal foi a primeira dobradinha de brasileiros e ainda mais em Interlagos e na volta final com toda a torcida e na reta oposta (retão atual) o Wilsinho passa uma Lola e chega em 13º.
Invasão de pista, pelo retão, afinal todos queriam ver a Shadow preta e alguns sortudos ainda conseguiram tirar algumas fotos “pilotando” a máquina.
Fonte: GGoo
 
RESULTADO OFICAL GP BRASIL 1975.
Pos Piloto Equipe Voltas Tempo Grid Pts
1 8 clip_image002José Carlos Pace Brabham-Ford 40 1:44’41″17 6 9
2 1 clip_image002[1]Emerson Fittipaldi McLaren-Ford 40 5″79 2 6
3 2 clip_image004Jochen Mass McLaren-Ford 40 26″66 10 4
4 11 clip_image006Clay Regazzoni Ferrari 40 43″28 5 3
5 12 clip_image008Niki Lauda Ferrari 40 1’01″88 4 2
6 24 clip_image010James Hunt Hesketh-Ford 40 1’05″12 7 1
7 27 clip_image012Mario Andretti Parnelli-Ford 40 1’06″81 18
8 7 clip_image014Carlos Reutemann Brabham-Ford 40 1’39″62 3
9 6 clip_image016Jacky Ickx Lotus-Ford 40 1’51″84 12
10 18 clip_image018John Watson Surtees-Ford 40 2’29″60 13
11 21 clip_image020Jacques Laffite Williams-Ford 39 + 1 Volta 19
12 22 clip_image010[1]Graham Hill Lola-Ford 39 + 1 Volta 20
13 30 clip_image002[2]Wilson Fittipaldi Fittipaldi-Ford 39 + 1 Volta 21
14 23 clip_image004[1]Rolf Stommelen Lola-Ford 39 + 1 Volta 23
15 5 clip_image022Ronnie Peterson Lotus-Ford 38 + 2 Voltas 16
Ret 17 clip_image020[1]Jean-Pierre Jarier Shadow-Ford 32 Fuel System 1
Ret 4 clip_image020[2]Patrick Depailler Tyrrell-Ford 31 Suspensão 9
Ret 16 clip_image024Tom Pryce Shadow-Ford 31 Accident 14
Ret 20 clip_image026Arturo Merzario Williams-Ford 24 Fuel System 11
Ret 28 clip_image012[1]Mark Donohue Penske-Ford 22 Handling 15
Ret 14 clip_image010[2]Mike Wilds BRM 22 Elétrico 22
Ret 3 clip_image028Jody Scheckter Tyrrell-Ford 18 Oil Leak 8
Ret 9 clip_image026[1]Vittorio Brambilla Março-Ford 1 Motor 17
Notas:

  1. Dentre os competidores estavam: Niki Lauda que se tornaria tricampeão mundial. James Hunt campeão mundial F1 em 1976. Jody Schecter campeão mundial F1 1979. E o lendário Graham Hill várias vezes campeão de Mõnaco e brilhante piloto de todos os tempos.
  2. Emerson Fittipaldi bicampeão mundial 1971/1974 experimentava a equipe Copersucar como inovação nas escuderias de F1. Era uma equipe brasileira comandada pela família Fittipaldi..
  3. Estava nesta corrida outro piloto famosíssimo na época o argentino Carlos Reuteman que por várias vezes disputou com brilhantismo os campeonatos de F1, além de Jacky Ickx, Clay Regazzoni, Jochen Mass, dentre outros.

Narração original da Rádio Gazeta por Galvão Bueno